Dilma desafia Cunha e promete vetar lei da
terceirização
Em discurso, Dilma disse que Planalto acompanha tramitação da lei da terceirização que não pode comprometer direitos dos trabalhadores, e se necessário será vetada
Por Redação -
em Brasilia
A presidente Dilma
Rousseff afirmou na manhã desta quinta-feira, no Rio de Janeiro, que o governo
acompanha com interesse a votação do projeto de Terceirização no Congresso
Nacional. Em entrevista coletiva em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense,
onde entregou 500 apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida, Dilma disse
que as empresas terceirizadas têm de ter responsabilidades definidas.
“Acredito que há algumas questões na terceirização que precisam ser tratadas,
desde que não comprometam o direito dos trabalhadores e nem desorganizem a vida
dos trabalhadores. Temos de garantir que as empresas contratadas paguem os
salários e os impostos e que tenham uma responsabilidade solidária”, disse a
presidente.
Dilma Rousseff comentou rapidamente sobre o papel do vice-presidente Michel
Temer na articulação política. “Ele é alguém que vem do coração do governo, que
sabe o que precisamos. Tem autoridade, experiência de vida, inclusive como
presidente da Câmara, e tem autonomia para agir”, garantiu.
Ao longo de seus discursos, Dilma garantiu que vai seguir investindo no programa
Minha Casa Minha Vida. “Vamos entregar ao longo do ano mais 1,6 milhões de
moradias. Só em Caxias foram 3.800 e faltam 6.500. Até 2018 vamos fazer mais 3
milhões de moradias em todo o Brasil. E quando digo que quando vamos fazer é
que vamos fazer. Em 2009 inventaram que o programa era um factoide, uma
fantasia. Chegaram a dizer que era algo que estávamos fazendo por causa da
campanha. Começamos com 1 milhão e fizemos mais 2,75 milhões e agora podemos
dizer: ‘temos competência e o compromisso com os que mais precisam’”, disse,
afirmando que vai melhorar ainda mais a infraestrutura dos apartamentos.
A presidente esteve ao lado do Ministro das Cidades, Gilberto Kassab, da
presidente da Caixa Econômica, Miriam Belchior, do governador do Rio de
Janeiro, Luiz Fernando Pezão e do prefeito de Duque de Caxias, Alexandre
Cardoso.
Em 2013, governo
Dilma também foi contra terceirização
Em entrevista
concedida à Rádio Brasil Atual e à Rádio ABC, de São Bernardo do Campo (ABC
paulista) em agosto de 2013, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o
governo federal é contra qualquer processo que comprometa os direitos dos
trabalhadores, “que impactem a negociação coletiva ou precarizem as relações de
trabalho”.
PT e PSOL travam
batalha pelos direitos trabalhistas no congresso
O PT e o PSOL
foram os únicos partidos políticos com mais de dois deputados federais que
votaram 100% a favor dos trabalhadores, ou seja, contra a PL 4330 que
terceiriza as atividades-fins das empresas. Pelo sim foram 324, não 137 e
abstenção 2.
O PCdoB foi a grande decepção, pois mesmo sendo de centro-esquerda e tendo
recomendo o voto contra o projeto de terceirização, teve um voto pelo sim. Quem
traiu o partido e os trabalhadores foi o deputado federal Carlos Eduardo Cadoca
(PCdoB-PE).
O PSL, com seu único voto pelo não, e o PTC, com seus dois votos pelo não,
partidos que liberaram a escolha do voto, foram as surpresas positivas na
defesa dos trabalhadores.
Partidos que até pouco tempo eram considerados de centro-esquerda, como o PDT,
PSB e PV, votaram em massa pelo sim, ou seja, contra os trabalhadores. No PDT
13 parlamentares votaram sim e apenas 5 não, no PSB 21 pelo sim e 9 pelo não, e
no PV todos os seus 6 deputados votaram sim.
Partidos claramente anti-trabalhadores, que defendem os interesses dos patrões,
como o PSDB, DEM, PMDB, PP, PPS, PR, PROS, PSD, PSC, PTB, Solidariedade, entre
outros, votaram maciçamente na proposta de terceirização.
Entre alguns deputados federais que mesmo fazendo parte de partidos de centro
ou de centro-direita, que votaram a favor dos trabalhadores, e estão de
parabéns, foram João Arruda (PMDB-PR), Hermes Parcianello (PMDB-PR), Christiane
de Souza Yared (PTN-PR), Luiz Erundina (PSB-SP), Tiririca (PR-SP), Miro
Teixeira (PROS-RJ), entre outros.
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