quinta-feira, 11 de julho de 2013

POEMA, CLÁUDIA REINA, O GRITO DAS RUAS, POR UM RENASCER ESPERANÇOZO



Foto: Cláudia Reina. Castelo em ruínas.  

MORTO

Reinos  despedaçados

Não há assombro,

Ao escárnio da plateia.

Represento o papel que me cabe

Soberbamente estéril,

Palco de um império   em ruínas.

Outrora havia um homem que um homem era.  

(Está morto).

A morte  sobreveio lenta, na lenta sombra que  devora

claridades.

Jogador, imperturbável , aposto  nos Reis.

Lobo farejador de inocências 

A Fera corrompida mira e seduz

Os vermes dissimulados, todos,

apostam em mim.

Imobilidade

Fétido odor.

Reino das trevas, espectro sou.

Sem jurados, sem juízes,

Sigo neste comboio de servos.

Polida falsa superfície.


Cláudia Reina

05 de julho 2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário