sábado, 28 de novembro de 2015

MEIO AMBIENTE DEPREDADO & CRIME AMBIENTAL: Acidente em Mariana liberou metais tóxicos do rio, diz Vale







Acidente em Mariana liberou metais tóxicos do rio, diz Vale

© Fornecido por Notícias ao Minuto


“Quando ela [barragem] se rompe, e aquilo sai lavando as margens, ela pode ter recolhido algum tipo de material que estava presente nas margens, de origens as mais diversas. Além disso, pode ter revolvido o fundo e efetivamente, em alguns pontos, foram detectados chumbo e arsênio ao longo do rio”, disse Vania.

Ela citou laudos do Instituto Mineiro de Gestão das Águas, que também detectou cromo e níquel. “A ressuspensão do material de fundo, ocasionada pelo deslocamento da pluma do rejeito, pode ter disponibilizado para a água esse material depositado ao longo de centenas de anos no leito do rio”, disse Vania, citando relatório técnico. Ela ressaltou que esses materiais não se dissolvem na água, o que não teria gerado contaminação.

O diretor-presidente da Vale, Murilo Ferreira, que visitou o local da tragédia, classificou de doloroso o episódio. “É com a alma triste e consternada que estamos aqui, com nove mortos e dez desaparecidos confirmados oficialmente, e muito preocupados, porque existem 5.200 pessoas que não sabem a respeito de seu futuro: funcionários diretos e indiretos da Samarco. Para mim, é extremamente doloroso fazer parte de um momento em que, em vez de preservar a vida, que é o primeiro valor da Vale, acontece uma circunstância dessas”, disse Ferreira.

Durante a coletiva, foi anunciada a criação de um fundo voluntário e sem fins lucrativos, entre a Vale, a BHP e a Samarco, para recuperar o Rio Doce e seus afluentes. Entre os objetivos, estão a recomposição da mata ciliar e da qualidade da água e da fauna aquática. As informações da matéria foram obtidas em um texto enviado pela assessoria da Vale e no vídeo da entrevista disponibilizado pela empresa na internet. Com informações da Agência Brasil.

Link: http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/acidente-em-mariana-liberou-metais-t%c3%b3xicos-do-rio-diz-vale/ar-AAfJJOa?li=AAaB4xI



Leia mais.

Portal Brasil
Meio Ambiente

Governo cobra R$ 20 bilhões de mineradoras para recuperar rio Doce

Responsabilização

Movida em conjunto com os governos de MG e ES, ação judicial pede criação de fundo para sanar danos e indenizar vítimas de rompimento de barragem


por Portal Brasil publicado: 27/11/2015 20h33 última modificação: 27/11/2015 20h49
O governo federal anunciou nesta sexta-feira (27) que vai entrar com uma ação civil pública conjunta com os estados de Minas Gerais e Espírito Santo contra as empresas Samarco, Vale e BHP, responsáveis pelo rompimento de uma barragem na região de Mariana (MG). A ação, que será proposta na segunda-feira (30), tem como objetivo a criação de um fundo no valor de R$ 20 bilhões para promover a revitalização do rio Doce.

O anúncio foi feito pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, após reunião entre a presidenta Dilma Rousseff o os governadores de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e do Espírito Santo, Paulo Hartung, no Palácio do Planalto.
De acordo com a ministra, os recursos do fundo --que terá gestão privada-- serão aplicados em quatro frentes: a contenção do dano, a minimização de sua expansão, a revitalização da bacia do Rio Doce e a indenização das vítimas.
Segundo a ministra, o governo tem trabalhado com uma previsão de 10 anos para a recuperação das condições essenciais da bacia e de 25 anos para uma revitalização mais efetiva. “Precisamos fazer uma intervenção imediata para começar o processo de revitalização da bacia”, disse Izabella Teixeira.
Em entrevista à imprensa na tarde de hoje, Izabella também defendeu o modelo de gestão do fundo, considerado por ela inovador e capaz de permitir aplicação eficiente e rápida de recursos na revitalização das áreas atingidas.
“Esse fundo é formado por recursos que não serão transferidos para o orçamento da União. Estamos discutindo um modelo de gestão e governança inovador que permita aplicação eficiente dos recursos, mecanismos inovadores de gestão, profissionalização daqueles que estarão envolvidos diretamente coma responsabilidade de executar os projetos e uma articulação única e estratégica com a sociedade civil. E obviamente toda uma preocupação de eficiência de gastos, de transparência e rapidez fazendo com as atividade de recuperação e revitalização também possam ser usadas como atividade de geração de renda e de emprego parra a população local”, afirmou
Responsabilização efetiva
A ministra também enfatizou a posição do governo na defesa da responsabilização efetiva das empresas responsáveis pelo desastre, considerado o maior que o Brasil já enfrentou.
“O acidente é de grandes proporções, provocado por uma atividade econômica, em um impacto que vai a dois estados e ao mar. É um impacto monumental do ponto de vista ambiental. A gente entende, na área de meio ambiente, que é maior desastre ambiental que o Brasil já viveu. Mas é um desastre não natural, provocado pela atividade econômica. É causado pelo homem e, portanto, cabe responsabilidade civil-criminal e cabe responsabilidade de restauração de dano e de indenização. Além das multas que foram aplicadas e continuarão sendo aplicadas”, defendeu.
Além dos recursos requeridos para a criação do fundo de revitalização, as empresas Samarco, Vale e BHP já foram multadas em mais de R$ 250 milhões pelo Ibama, em decorrência das consequências ambientais do rompimento das barragens de Fundão e Santarém.



Nenhum comentário:

Postar um comentário