quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

GOLPE INSTITUCIONAL Não ao impeachment. Chega de ajuste que prejudica o povo!!!.























Por Edson Carneiro Índio

A abertura de processo de impeachment da presidente não é uma medida para beneficiar o povo brasileiro. Ao contrário, o “fora Dilma” permitiria a Temer aplicar o programa que o PMDB negociou com o grande capital, como aposentadoria só depois dos 65 anos (60 se mulher), desvinculação do benefício da aposentadoria ao salário mínimo, terceirização geral e irrestrita, mais privatizações, redução de direitos trabalhistas através de negociações que rebaixam o que está garantido pela CLT, além do fim da destinação constitucional de verbas para a saúde e educação públicas.

Quem deve ser impedido de prosseguir no cargo é Eduardo Cunha, que não tem legitimidade para ser presidente da Câmara ou continuar deputado. “Seus” milhões na Suíça, lavagem de dinheiro, suas mentiras e chantagens provam isso. Sem falar de sua atuação para acabar com os direitos trabalhistas, das mulheres, da juventude pobre, dos indígenas.

Ser contra o impeachment da presidente não significa apoiar o governo e sua política indefensável. É preciso derrotar o processo de impeachment, mas também combater o ajuste fiscal do governo Dilma que joga o custo da crise nas costas do trabalhador.

A maioria do povo brasileiro tem razões para estar enfurecida com a presidente. Devemos fazer pressão total pela reversão dessa política econômica recessiva, que eleva o desemprego, destrói políticas públicas e leva milhões de pessoas ao desespero. Mas não podemos nos deixar enganar por uma campanha orquestrada para impor um governo ainda mais comprometido com o sistema financeiro e, portanto, contrário aos interesses da população brasileira.

Essa campanha da direita não visa acabar com a corrupção ou punir a chamada “pedalada fiscal”. Objetiva, na verdade, garantir renda pública e do trabalho para restabelecer a acumulação de capital, mesmo que isso signifique ampliar a exploração sobre o povo e agravar a crise social.
Que os milionários paguem pela crise!

Edson Carneiro Índio

Secretário Geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora

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