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Jornal do Terra
Trabalho por turno pode aumentar risco de diabetes tipo 2
O risco
maior foi demonstrado entre os homens, e os estudos fazem a ligação do relógio
biológico com a testosterona
Foto:
Getty Images
Quem
trabalha por turno pode aumentar o risco de desenvolver diabetes do tipo 2 em
até um terço, diz um novo estudo divulgado pelo site do jornal britânico Daily
Mail.
O risco
é ainda maior para homens e para aqueles que trabalham em turnos rotativos. O
hábito pode atrapalhar o relógio biológico, e, com isso, aumentar o risco
de câncer, problemas cardíacos, pressão alta e colesterol algo, mas o impacto
sobre as diabetes ainda não está claro.
Foi
feita uma revisão de 12 estudos internacionais, envolvendo quase 300 mil
participantes, sendo que 14.600 tinham diabete.
Quando os pesquisadores agruparam os resultados de todos os estudos, observaram que os turnos estavam associados a uma porcentagem 9% maior de risco de se desenvolver diabetes do que um trabalho com expediente normal.
O risco
extra subiu para 37% para homens. As razões para isso não foram apontadas, mas
acredita-se que os níveis diários do hormônio masculino testosterona são
controlados pelo relógio biológico interno. Uma outra pesquisa relaciona os
hormônios masculinos à resistência à insulina e diabetes.
A
maioria dos padrões de turnos, exceto os mistos e à noite, foram associados a
um risco aumentado da doença em comparação com as pessoas que trabalham em
expediente normal.
Já os turnos rotativos, em que as pessoas trabalham em diferentes partes do dia
ao invés de ter um padrão fixo, foram associados a um risco 42% maior da
doença.
Este
tipo de rotina faz com que as pessoas tenham mais dificuldade em estabelecer um
ciclo para dormir e acordar; podem também sentir falta de sono ou ter
um sono de má qualidade.
O
trabalho por turno também está associado ao ganho de peso e ao aumento do
apetite, ambos fatores de risco para a diabete.
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